Sueli vive atualmente com sua filha Marina, de 9 anos, e caminha na companhia de seu planejador há cerca de 2 anos. No início do trabalho, indicou como objetivo central a construção de uma casa (a casa na qual reside hoje é alugada), e naquela ocasião acumulava 3 cartas de consórcio que totalizavam um pagamento mensal em torno de R$ 5K. Apesar da intenção de adquirir o imóvel o quanto antes, não dispunha de recursos suficientes para lances robustos, de forma que a opção pelo financiamento parecia mais coerente.
Após a decisão pelo cancelamento do consórcio, no entanto, alguns problemas começaram a surgir. Ao solicitar simulações de financiamento imobiliário, foram identificadas pendências tributárias, o que inviabilizou a liberação do financiamento até que tais pendências sejam resolvidas. Além disso, alguns elementos relacionados ao projeto de vida de Sueli têm sido ponderados pelo planejador em relação à decisão de moradia.
Em uma decisão consciente e motivada pela intenção de dedicar mais tempo à filha, Sueli reduziu sua carga de trabalho ao abrir mão de um cargo público, o que implicou em uma redução de renda de R$ 17K para cerca de R$ 13K. No entanto, como médica, já começa a aumentar a intensidade de trabalho em plantões para conseguir honrar com a parcela prevista para o financiamento imobiliário, em um movimento claramente inconsistente com o objetivo de dispor de mais tempo com a filha.
Apesar da clara necessidade de ajustes e de uma visão mais ampla acerca dos impactos da decisão imobiliária sobre todas as demais esferas de seu projeto de vida, Sueli tenta impor celeridade ao processo de aquisição da casa, argumentando que sua grande motivação é permitir que sua filha Marina possa desfrutar de experiências que só podem ser experimentadas na infância.
O grande desafio que se configura neste estágio do planejamento de vida de Sueli é a construção de clareza e a gestão madura de expectativas em relação às implicações que emergem de uma decisão imobiliária que, apesar de aparentemente motivada pelo bem-estar da filha, pode configurar uma dinâmica orçamentária e patrimonial potencialmente insustentável e problemática.
Obs: apesar de se tratar de um caso real, todos os nomes aqui mencionados são fictícios para resguardar a identidade dos clientes.
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